"A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim".
Elza Soares é considerada uma das maiores cantoras da música brasileira, com carreira no samba que começou nos anos 60.
Elza Gomes da Conceição começou cantando sambalanço com "Se Acaso Você Chegasse" em 1959, e se dedicou ao gênero nos anos 60.
Nos 34 discos lançados, ela se aproximou do samba, do jazz, da música eletrônica, do hip hop, do funk e diz que a mistura é proposital.
"Eu sempre quis fazer coisa diferente, não suporto rótulo, não sou refrigerante", comparava Elza.
"Eu acompanho o tempo, eu não estou quadrada, não tem essa de ficar paradinha aqui não. O negócio é caminhar. Eu caminho sempre junto com o tempo."
O último disco lançado foi "Planeta Fome" em 2019, e ela diz que não tem planos concretos para outro álbum neste ano. "Ainda não, mas vai surgir. Minha cabeça não para, cara", afirma Elza.
A única certeza é que não iria parar de cantar: "Nem de brincadeira. Parar por quê? Por que parar? Não tem por que né?".
Desde que lançou o álbum "A mulher do fim do mundo" em 2015, a cantora viveu mais uma fase de renascimento artístico que. “Me deixem cantar até o fim”, pediu Elza em verso da música que batiza o álbum.
Pautada sobretudo pelo suingue da cadência do samba, a primeira fase áurea da cantora abarca discos gravados por Elza nos anos 60 com o cantor Miltinho (1928 – 2014) e com o baterista Wilson das Neves (1936 – 2017).
Fazem parte desta era lançamentos como "O samba é Elza Soares" (1961), "Sambossa" (1963), "Na roda do samba" (1964) e "Um show de Elza" (1965).
Outras fases vieram. Nos anos 70, escolheu cantar o samba de ritmo mais tradicional. A fase rendeu sucessos como "Salve a Mocidade" (Luiz Reis, 1974), "Bom dia, Portela" (David Correa e Bebeto Di São João, 1974), "Pranto livre" (Dida e Everaldo da Viola, 1974) e "Malandro" (Jorge Aragão e Jotabê, 1976).
Fonte: g1