Parte considerável do PT mantêm TODOS OS INTERESSES contrários a qualquer sucesso em suas empreitadas do senador petista Rogério Carvalho: primeiro, ser candidato pelo ex-presidente Lula a governador de Sergipe, e, depois, ser definido em convenção oficial como candidato à sucessão do Chefe do Executivo Estadual.

Política não é para torcedores, que sempre existirão, mas para profissionais.

Como lembra o jornalista Gilvan Manoel no Jornal do Dia, Sergipe sempre foi terra política dos acordões. Confirmando o que já havia informado NE Notícias, o jornalista escreve que foi o governador de Sergipe, com mediação da petista Eliane Aquino, quem pediu audiência ao ex-presidente Lula, em São Paulo.

No encontro, escreve o jornalista:

A audiência solicitada pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) ao ex-presidente Lula (PT), na última quarta-feira, em São Paulo…

(…)

Foi uma tentativa para abortar a candidatura do senador Rogério Carvalho (PT) ao governo do estado e criar clima para mais um famigerado acordão, tão tradicional na política sergipana.

Belivaldo quis aproveitar o interesse de Lula em ter o PSD em seu palanque ainda no primeiro turno, para mostrar que Sergipe poderia ser parte de um acordo neste sentido, desde que o PT retirasse a candidatura de Rogério para apoiar o nome governista, que nesse caso passaria a ser o do deputado federal Fábio Mitidieri (PSD). O PT seria contemplado com a candidatura da vice-governadora Eliane Aquino – viúva do ex-governador Marcelo Déda, fundador do PT e compadre do ex-presidente – ao Senado. Eliane, aliás, foi a intermediária da audiência no Instituto Lula.

Por uma questão ideológica, e de poder, o senador petista errou muito ao, segundo a Folha de São Paulo, dar voto decisivo em favor do Orçamento Secreto, instrumento do presidente Bolsonaro para alimentar o Centrão, que todos querem, inclusive na oposição ao Chefe da Nação, mas ninguém assume, muito pelo contrário.

Mesmo assim, na composição de chapa majoritária, o que é o PT, em Sergipe, sem Rogério?