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Perícia atesta 144 mortes por acidentes envolvendo embriaguez ao volante em SE
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Publicado em 04/03/2022

Um simples descuido ou até mesmo uma prática considerada crime. São inúmeros os fatores que podem desencadear em colisões em postes, choques frontais, queda em rodovia sem capacete, dentre tantas outras situações que podem levar à morte do condutor de um veículo, de passageiros ou até mesmo de pedestres. As ocorrências costumam chocar quem passa pelo local ou vê fotos e vídeos na internet, mas fazem parte do cotidiano e, muitas vezes, tem uma ligação fatal: a ingestão de bebidas alcoólicas e a direção de veículos automotores.

De acordo com os dados do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), enquanto que no ano de 2020 foram 256 vítimas fatais no trânsito, no ano de 2021 esse número caiu para 246. Embora tenha ocorrido essa diminuição, o número de acidentes de trânsito com mortes continua alto nas avenidas, estradas e rodovias de Sergipe.

Conforme o levantamento da perícia, das 246 vítimas fatais, 144 testaram positivo para o consumo de bebidas alcoólicas, o que corresponde a 58,5% dos laudos periciais emitidos pelo Laboratório de Toxicologia Forense do IAPF. Em outras 102 vítimas - o que corresponde a 41,5% -, as perícias não indicaram a presença de álcool no organismo. 

O perito Ricardo Leal alertou para o número alto de casos de acidentes de trânsito envolvendo o consumo de bebidas alcoólicas. "Com relação aos casos de acidentes de trânsito, nós verificamos uma pequena diminuição com relação a 2020, mas o uso de álcool no trânsito ainda é alto. Quase 60% dos casos, as vítimas estavam usando álcool", reiterou.

Homens morrem mais no trânsito

Ainda segundo os dados do IAPF, a maior parte das vítimas do trânsito eram do sexo masculino. Durante o ano de 2021, das 246 mortes, 218 foram de homens, perfazendo o total de 88,6% dos óbitos em decorrência de acidentes de trânsito. Já as mortes de pessoas do sexo feminino representaram 10,2% dos casos ou 25 pessoas que perderam a vida.

Faixa etária

O Laboratório de Toxicologia Forense também verificou que pessoas entre 25 a 34 anos e 35 a 44 são as que mais morreram em acidentes de trânsito em Sergipe. Ambas as faixas etárias aparecem com 19% do total das vítimas, totalizando 38% de todas as mortes no trânsito no território sergipano. 

Ainda conforme esse levantamento, as pessoas entre 18 a 24 anos correspondem a 14% das vítimas desses acidentes. A faixa etária entre 45 a 54 anos representa 10% das mortes no trânsito. Os quatro grupos com maior incidência de morte respondem por 62% das vítimas dos acidentes nas vias sergipanas em 2021.

Ricardo Leal associou que a faixa etária pode estar relacionada com os hábitos dos jovens quanto à direção veicular. “Eu acredito que as pessoas nessa faixa etária têm o hábito de consumir mais álcool em festas, nos finais de semana e infelizmente não tem a consciência de que é muito perigoso consumir álcool e conduzir um veículo, fatalmente se envolvendo em acidentes”, ressaltou.

Interior lidera número de mortes

O IAPF também fez o recorte por região onde ocorreram as mortes em acidentes de trânsito. Na capital, conforme o levantamento do Laboratório de Toxicologia Forense, 50 pessoas perderam a vida no trânsito, indicando 20,3% desses óbitos. Já no interior sergipano, foram 196 mortes, correspondendo a 79,7% do total de falecimentos.

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