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Jackson defende apoio de governistas a Lula e diz que "já passou da hora" a decisão para o Senado
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Publicado em 23/05/2022

“O nosso povo é Lula”, afirmou Jackson Barreto em entrevista concedida, na manhã desta segunda-feira, 23, a Narcizo Machadoo ex-governador e, agora, pré-candidato ao senado, acredita que o agrupamento governista deveria definir um lado na disputa presidencial e não escondeu seu favoritismo pelo ex-presidente Lula.

“Eu acho que o agrupamento deveria declarar apoio a Lula. Eu defendo isso, não vou esconder. É a minha posição”, afirmou. “A gente precisa ter consciência que o povo sergipano é Lulista. No estado de Sergipe, ele chega a 64%, 65% das pesquisas. Ganha na capital e ganha no interior do estado, mas já está muito clara qual é a tendência do nosso povo. O nosso povo é Lula”, declarou o ex-governador.

Jackson alega que o Brasil precisa de pessoas que possuem posições definidas e muito claras contra o bolsonarismo. “O estado de Sergipe sempre foi vanguardista. Aracaju sempre foi uma cidade de vanguarda e o governo do presidente Lula vai precisar de uma bancada de deputados federais e senadores para ajudar a governar esse país, porque vai ser muito difícil depois do que nós estamos passando, de uma destruição do Brasil, do nosso país”, afirmou.

O agora pré-candidato ao senado ainda aponta Bolsonaro como culpado direto das 666 mil mortes de brasileiros por Covid-19. “Foi o governo responsável, porque não comprou a vacina a tempo suficiente para salvar vidas. Então, eu quero dar minha contribuição ao meu país, ao meu estado e ao futuro presidente Lula”, disse. 

Escolha do agrupamento governista para pré-candidatura ao senado

“Eu acho que nós já passamos do tempo de anúncio de uma candidatura”, declarou Jackson Barreto e afirmou que o anúncio da pré-candidatura ao senado da base governista deveria ser feito junto ao lançamento da pré-campanha de Fábio Mitidieri, que acontece nesta segunda-feira, 23. “O bom seria se, juntos, pudéssemos lançar o governador e o senador, isso é que é fundamental. Porque um poderia ajudar o outro e vice-versa”, declarou. 

Perguntado sobre a pré-candidatura de Laércio, que afirmou manter o pleito pelo senado, Jackson não acredita que há espaço para dois pré-candidatos no palanque do agrupamento. “Eu não vou aceitar duas candidaturas, isso não existe. Eu não aceitaria, não é possível. Uma candidatura para o gosto de quem é bolsonarista e uma candidatura para o gosto de quem vota em Lula? Isso não existe em política”, 

Jackson já havia declarado antes que o agrupamento governista não tinha espaço para o bolsonarismo. Mas com a composição da nova direção provisória do MDB, onde ele é o atual presidente estadual, obteve a adesão de Marcos Franco, que já havia declarado apoio a Bolsonaro, mas ele esclarece que o MDB é um movimento que agrega diferentes espectros políticos. Lembrando que você viu aqui no FanF1 que teve o nome ventilado para vice na chapa de Rogério Carvalho.

“Marcos Franco não é candidato, que eu saiba, a nenhum cargo, é só porque ele vai exercer o seu papel no partido, é uma pessoa respeitada na sociedade. É de uma família, como ele declarou, conservadora, mas eu não sou conservador, Sergipe inteiro sabe. Marcos Franco vai continuar conservador e Jackson Barreto vai continuar do jeito que sempre foi e assim será até o último dia”, frisou. 

Jackson ainda lembra que o agrupamento foi formado desde a eleição do governador Marcelo Déda e que sempre congregou diversas pessoas, mas ele afirma que a presença de alguns bolsonaristas não transforma o grupo em uma agremiação bolsonarista. “Porque para mim, bolsonarismo é como se eu estivesse xingando e até destruindo a imagem desse grupo que foi criado com a imagem de Marcelo Déda governador”, afirmou

Sobre a escolha do seu nome para presidir o MDB em Sergipe

“Eu fui a Brasília, conversei com a direção do partido e mostrei que não tinha motivo para que não ficasse sob o nosso comando. Afinal de contas, o meu primeiro mandato de vereador foi no MDB, meu primeiro mandato de deputado estadual foi no MDB, o primeiro a federal também foi no MDB, o primeiro para prefeito também no MDB e até o primeiro mandato de governo também foi no MDB”, relatou Jackson. 

“Eu acho que a história do MDB de Sergipe se confunde também com a história de Jackson Barreto. Daí porque eu achar de que a direção nacional não teria outra saída que não fosse a de respeitar a minha história que é uma história que já faz parte da verdadeira história desse país daqueles que lutaram e sempre lutam em favor da democracia e da liberdade, mesmo com o sacrifício da própria existência”, acrescentou o ex-governador. 

“Quando se fala das lideranças históricas do MDB, nós correspondemos à história do MDB nacional de restauração da democracia no nosso país, no momento que muitos se escondiam, porque sabiam dos sacrifícios e até das ameaças de morte, prisões e torturas, mas eu lembro sempre: minhas prisões foram todas no MDB, eu respondi processo na auditoria militar da Bahia, eu fui julgado no tribunal militar da 5ª região, fui julgado no superior tribunal militar, condenado por defender a liberdade e a democracia. Tudo isso dentro do MDB.”, lembrou Jackson.

Sobre a nova composição da direção provisória do partido, Jackson anunciou os nomes dos prefeitos de Muribeca, Mário Conserva, de Indiaroba, Adinaldo do Nascimento, de Propriá, Dr. Valberto, de Laranjeiras, Juca de Bala, da cidade de Riachuelo, Petinho de João Grande. Além da prefeita Alba de São Francisco, a ex-prefeita Vera de Nossa Senhora Aparecida, bem como Clóvis Silveira e Marcos Franco, como já visto.

Já quando perguntado sobre a possibilidade de Clóvis Silveira ter apontado o próprio nome para presidir o MDB em Sergipe, Jackson Barreto negou. “Eu nunca admiti ou dei entrevista dizendo que poderia ser Clóvis Silveira”, afirmou o ex-governador.

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