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Estudantes pedem volta de bonificação para quem concluir ensino médio e concorrer vaga em Universidades de Sergipe
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Publicado em 02/07/2022

Argumentando a existência de um processo de aprofundamento no desmonte da educação e exclusão do acesso ao ensino superior, a União Sergipana dos Estudantes Secundários (Uses) iniciou um movimento nas redes sociais em prol da volta da bonificação de 10% na pontuação para os alunos que concluem o ensino médio e que concorrem a vagas em Universidades de Sergipe.

A bonificação regional foi instituída em 2019 segundo a resolução N° 31/2019/CONEPE, porém, uma ação civil pública interposta pela Defensoria Pública da União, determinou que a Universidade Federal de Sergipe se abstivesse de dar acréscimo de nota a candidatos por critérios de caráter geográfico.

Para os estudantes, além de garantir oportunidades, a bonificação impede que o sistema de educação superior, especialmente de Saúde, seja preenchido, em sua maioria, por pessoas de outras regiões do país, principalmente no Sul e Sudeste, e que os formandos sigam para atuar em seus locais de origem, deixando vazios profissionais no local onde estudaram.

“É preciso que as pessoas da região tenham acesso a esse bônus e consigam entrar no ensino superior, pois se a gente ficar só com um campus de passagem, o pessoal se forma e depois vão atuar em outras áreas. Desse jeito, a saúde e outros campos continuam defasados no estado”, disse Joyce Duarte, vestibulanda que tem se engajado no movimento.

Em nota, a Uses classificou que a falta da bonificação no estado é um “retrocesso que vem ceifando os sonhos dos e das estudantes sergipanos de entrarem nas instituições federais de ensino”. Foi exposto ainda que a bonificação regional no SISU/2022 foi concedida a estudantes que concorreram a uma vaga em instituições federais de outros estados do Norte e Nordeste. 

A  Universidade Federal de Sergipe, que havia publicado resolução para o acréscimo na nota de candidatos para os campi de Lagarto e do Sertão (em Nossa Senhora da Glória), informou que teve que se abster da medida em razão da ação civil da Defensoria Pública da União.

“Em abril de 2021, a UFS entrou com recurso que permanece sem julgamento, cabendo-lhe, até o momento, seguir o que foi determinado em primeira instância. A Universidade Federal de Sergipe reitera seu compromisso e empenho em prol das políticas públicas de inclusão regional para possibilitar o acesso ao ensino superior, à pesquisa e à extensão a pessoas das comunidades historicamente distantes dos centros acadêmicos”, foi exposto.

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