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“Me trate do meu tamanho”, dispara Nitinho sobre relação política com Edvaldo
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Publicado em 10/11/2022

Foto: Cesar de Oliveira 

O presidente da Câmara dos Municipal de Aracaju, Josenito Vitalli, o Nitinho (PSD), em entrevista a uma radio, para falar sobre a turbulenta semana que culminou com a escolha do vereador Ricardo Vasconcelos (Rede) para assumir a presidência da casa na sequência desta legislatura.

“É um projeto que planejamos um ano e meio atrás. Inclusive, antecipamos isso muito antecipado o que fez com que tivéssemos que lutar mais ainda para emplacar a candidatura de Ricardo Vasconcelos para a presidência da Câmara Municipal, um jovem extremamente competente, habilidoso e que, não tenho dúvida, vai fazer um grande mandato como presidente da Câmara, mostrando que a juventude tem o que mostrar e o seu lugar. Eu sou um defensor do jovem na política”, diz Nitinho.

Ao ser perguntado sobre um possível conflito de interesses entre ele e o prefeito Edvaldo Nogueira acerca da eleição da mesa diretora da Câmara Municipal e de Ricardo Vasconcelos para ser presidente da casa, Nitinho disse.

“A gente não pode, de forma nenhuma, trabalhar em função de um projeto só pensando no Legislativo, temos que viver em harmonia com o Executivo e pensar no povo de Aracaju. Eu nunca traí ou joguei baixo com ninguém. Desde julho do ano passado eu já havia dito para ele que o meu candidato era Ricardo. Esse ano ele tocou no assunto, e confirmei que meu candidato era Ricardo Vasconcelos. Foi tudo muito claro, nada às escondidas. E todo o agrupamento sabia disso, Ricardo é candidato a um ano e meio atrás e quem decidiu que o queria presidente no próximo biênio foi o coletivo dos vereadores”, revela o presidente.

Nitinho foi questionado sobre a possibilidade de ter havido certa falta de habilidade, por parte do prefeito, na relação com os vereadores de bancada, ao que o presidente da Câmara Municipal respondeu: “Pode ser. Eu tenho palavra, sou extremamente cuidadoso com tudo que faço. Eu tenho uma coisa que Deus me deu desde menino, que é a percepção do mundo. Eu conheço as pessoas no olhar, no sorriso, no abraço, eu consigo ver a verdade. E quando eu não vejo isso, quando eu percebo a inverdade, eu me transformo”, disse o vereador, que deu sequência às revelações, afirmando que a falta com a verdade permeou o trato de Edvaldo na relação política com ele.

“Houve. Comigo houve e eu tenho que ser claro com a população e com o prefeito Edvaldo, eu disse isso ele, já. Sou fã do prefeito Edvaldo Nogueira, como gestor. Eu digo isso a todo mundo em Aracaju. Porque nós temos que ser coerentes e não trabalhar com falsidade. Eu não gosto disso, nunca fiz isso com ninguém. Eu não faço isso com os outros, então, não gosto que façam comigo. Me trate do meu tamanho. ”, ponderou Nitinho.

O vereador também chama a atenção para a importância da Câmara Municipal, e dos vereadores, na eleição de Fábio. “As pessoas têm que ter consciência de que Fabio, só na Câmara, se juntar todos os vereadores, são mais de 50 mil votos. Você não pode negar que, enquanto prefeito da capital, Edvaldo tem uma certa influência, mas se você fizer uma avaliação da eleição, Fábio teve 45 mil votos no primeiro turno. O prefeito deu sua contribuição, deu. Mas a Câmara Municipal, 90% apoiou Fábio no segundo turno. Vou dar um exemplo, o candidato a deputado federal do prefeito teve cerca de 17.800 votos mil oitocentos e poucos votos em Aracaju, Nitinho teve 16.200 votos, o melado. Qual o tamanho então, nessa eleição, do presidente da Câmara e do Prefeito, qual o valor e a influência disso daí? Como é que eu chamo para mim que eu fui o grande campeão dessa eleição? Onde é que fica Nitinho e o todos os vereadores que trabalharam por Fábio? Onde fica a vice-prefeita? Onde ficam os bolsonaristas, que viraram casaca e votaram em Fábio? De quem são esses votos? Foi a maioria do povo de Aracaju que votou e deu a eleição a Fábio, vamos ser lógicos e claros com isso. Edvaldo Nogueira é um grande gestor, é um grande prefeito, mas precisa pensar na política. Precisa avaliar a forma de fazer política”, dispara o político.

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