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Geraldo Majella: “Dizem que construímos em Sergipe a Disneylândia da vaquejada brasileira”
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Publicado em 27/11/2022

“Todo o Parque das Palmeiras e seu Complexo FJ estão a serviço do desenvolvimento de Sergipe”

É atribuída ao escritor Gilberto Amado a excelente frase de fundo sociológico sobre a sergipanidade, segundo a qual “Sergipe é pequeno para não ofuscar a grandeza dos seus filhos”.

Um achado de fato reparador para um Estado com apenas 22 mil quilômetros quadrados depois de a Bahia ter lhe surrupiado cerca de 70 mil outros quilômetros quadrados durante os atos de entrega no pós-emancipação.

Mas a frase de Gilberto Amado pode também vir a ter uma aplicação inversa, contrária, e a pequenez do Estado ser usada para ofuscar literalmente a grandeza da ação de alguns dos seus filhos.

Qualquer brasileiro - e não somente sergipano - que pise o solo da Fazenda Bomfim e se depare com a infraestrutura do Parque das Palmeiras, ou Complexo Fábio José, terá a verdadeira dimensão disso. Terá, de cara e sem exagero, um sentimento de que “e isso de fato existe em Sergipe”?.

Mas existe sim, de fato e concretamente. Existe superlativamente. Trata-se do maior complexo de agronegócio, lazer, turismo e genética animal - parque de exposição e de feiras agropecuárias, de vaquejada, de shows, de eventos e um haras de onde salta a mais ativa tradição do cavalo Quarto de Milhas do Brasil.

Convém ressaltar que nada ali que flerta com cafonices, barroquismos e nem com ostentações baratas. Tudo parece sob medida - ou acima das medidas do tratamento que se costuma dar às coisas e às ações do turismo no Estado de Sergipe.

E tudo isso pode ser chamado de Parque das Palmeiras, ou  simplesmente de Complexo JF - que é composto pelo próprio Parque, uma casa de espetáculos e de eventos batizada de Espaço FJ Ringo, o Parque de Exposição Gentil Barbosa, pelo Haras Fábio José, grande laboratório do Quarto de Milhas, e pela própria Fazenda Bomfim, que generosamente hospeda a tudo em suas 3.025 tarefas e dá vazão à equinocultura e à pecuária de corte, com engorda de nelores.

Tudo está plantado na cabeceira do bucólico povoado Brejo, no município de Lagarto, a cerca de 7 quilômetros da Rodovia SE Lourival Baptista, a que liga a BR-101 a Simão Dias e que cruza Lagarto como se fosse uma avenida urbana desse que é o terceiro maior município sergipano.

Na concepção, no desenho, na materialização e na gestão desse grande monumento rural e cultural está um senhor de 68 anos, de fala calma, olhar atento e de vaidades aparentemente domadas.  

Trata-se de Geraldo Majella Barbosa Prata, 68 anos, com nível superior em Teologia, pecuarista e um dos herdeiros de Gentil Barbosa, o sergipano que com o irmão Noel Barbosa fundou o GBarbosa e o manteve por 47 anos como uma instituição empresarial sergipana sólida, respeitável, e da qual Geraldo chegou a ser diretor Financeiro.

Sim, mas volte-se ao começo deste texto: o Complexo Fábio José, com toda a sua generosa significação econômica e cultural vale muitíssimo para que poucos o conheçam de perto e em sua real significação. Ou para que não haja uma assertiva ação turística de fundo público que o inclua, que tire proveito da sua alta performance e que o potencialize mais e mais.

Nessa sexta-feira, 25, a pista de vaquejada do Complexo Fábio José - a única coberta do Brasil -, encerrou, por exemplo, uma vaquejada nacional com atletas competidores dos nove Estados do Nordeste e ainda do Mato Grosso. Premiação: R$ 1 milhão.

Há pouco mais de um mês antes - entre 5 e 9 de outubro -, foram feitos dois grandes eventos no Parque de Exposição Gentil Barbosa - a 1ª Exposição de Animais e a 2ª Exporingo. A 3ª Exporingo já está agendada para outubro 2023.

Geraldo Majella Barbosa Prata é um homem contente e feliz com que fez por seu Estado e pelo Nordeste. Sabe do retorno e do reconhecimento nacional obtidos.

“A turma do Brasil que frequenta o Parque das Palmeiras em eventos esportivos costuma dizer que nós construímos em Sergipe a Disneylândia da vaquejada brasileira. E eu não discordo”, diz ele.

“Isso aqui é a Disneylândia da vaquejada do Brasil”, disse: Paulo Gustavo Araujo Lima de Moura, o Pauluca Moura, um pernambucano de Goiana que preside a Associação Brasileira de Vaquejada e é vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha. Pauluca, um camarada que lida com cana de açúcar, fez a declaração numa conversa informal, sem saber que Geraldo acabara de ser entrevistado minutos antes sobre o parque.

Mas, embora tenha feito tudo no Complexo JF com esforços pessoais e investimentos próprios, e não dependa essencialmente da esfera pública, Geraldo Majella Barbosa espera dela uma maior ativação turística de Sergipe de modo a refletir em seus negócios e na cadeia turística estadual como um todo.

“Infelizmente, Sergipe não nos conhece direito. Nós estamos sempre à disposição aqui, mas lamentavelmente nossa estrutura estadual de turismo não nos visualiza. Continuamos esperando. Vamos ver se agora com esse novo Governo vamos ser compreendidos melhor em nossa proposta, mesmo porque todo o Parque das Palmeiras e seu Complexo FJ estão a serviço do desenvolvimento econômico e turístico do Estado de Sergipe e do Nordeste”, pondera Geraldo. Não há excesso nessa expectativa dele.

Geraldo Majella Barbosa Prata nasceu no dia 11 de julho de 1954, em Aracaju. Ele é filho de Gentil Barbosa de Jesus e de Josefa Elvira de Jesus.

Observação: embora Prata não apareça no sobrenome do pai nem no da mãe, Geraldo é originalmente um Prata, e resgatado exatamente do nome original da mãe Josefa Elvira, de quem esse sobrenome desapareceu para receber o de Jesus de Gentil no pós-casamento.

Geraldo termina sendo um primo lá por trás da serra de Henrique Prata, o mantenedor do Hospital de Amor de Barretos, São Paulo, e que está chegando a Lagarto com obra identicamente portentosa. O pai de Henrique era um lagartense.

Pista de vaquejada coberta do Complexo FJ, única do Brasil: 110 metros de puro conforto para atletas e bois

 

Geraldo Majella e a esposa Marluce, pais de Fábio José de Jesus Barbosa, que estaria hoje com 46 anos

 

“Tudo começou em função do haras e o haras foi quem arrastou tudo e gerou essas ramificações. A paixão pelo Quarto de Milhas nasceu com Fábio. É um animal do qual ele gostava muito. Achei que não deveria parar. De modo que acho que tudo no Complexo FJ funciona em função do cavalo Quarto de Milha - os leilões, a genética, a vaquejada”, diz Geraldo.

A Entrevista com Geraldo Majella Barbosa Prata vale o exercício da leitura.

 

Imagem panorâmica do Parque das Palmeiras, em cujo primeiro plano aparece a pista de vaquejada coberta

 

 

 


 

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