Na manhã desta quinta-feira, 1, o prefeito de Tobias Barreto, Dilson de Agripino, participou ao vivo por telefone em uma Rádio, para falar sobre a situação do município, que foi um dos mais atingidos em Sergipe pelas fortes chuvas que assolaram o estado na madrugada da última quarta-feira, 30.

As imagens chocantes que circularam pelas redes sociais e foram veiculadas pela imprensa local, repercutiram no noticiário nacional e causaram grande comoção. Em entrevista, Agripino explicou que o incidente natural não é uma constante em Tobias Barreto, mas que, historicamente, episódios como o ocorrido já foram registrados, pois esse é um problema natural sucedido em função de chuvas fortes.

“Tobias Barreto fica entre os rios Jabeberi e Rio Real, na divisa com a Bahia, aqui em Itapicuru. Pegou a gente de surpresa, anteontem, quando começaram trovões e relâmpagos à noite, por volta das 20h, e por volta de meia-noite, os dois rios se encontraram e desceram forte, com muita chuva que vieram da Bahia e que descem para o Rio Real. Os dois rios se encontraram e inundaram. Quando os rios se encontram assim, criam um mar de água. Não é fácil quando acontece isso aqui em Tobias. Isso só aconteceu 51 anos atrás, não é algo constante. Os bairros mais baixos da cidade inundaram, foi um fenômeno da natureza, foi forte e rápido”, explica o prefeito.

Agripino também comentou a tragédia ocorrida na SE-290, na qual duas pessoas perderam a vida. “Tivemos também o rompimento da rodovia SE-290, que liga Tobias à Itabaianinha, que não suportou a carga do encontro dos rios, que criou uma cratera à noite. Alguns veículos que vinham de Itabaianinha não viram a cratera e caíram nela, o que, infelizmente, causou dois óbitos”, lamenta o gestor.

Do prefeito Dilson também comentou a situação das pessoas que foram atingidas pelas chuvas e ressaltou que o governador Belivaldo Chagas tem dado todo apoio ao município.

“A gente está recebendo todo o apoio, o governador me ligou duas vezes ontem, mandou toda a equipe, foi montado um gabinete de crise da Defesa Civil, estão aqui também o Departamento Estadual de Infraestrutura (DER), Assistência Social do Estado, juntamente com os órgãos municipais. As famílias estão sendo acolhidas o Ginásio de Esporte e muitas pessoas tiveram que ir para as casas de parentes, pois suas casas ainda estão inundadas. Tem uma estrada antiga que estou olhando para fazer um desvio, para passar motocicletas e carros pequenos”, diz.

O prefeito também informou que cerca de 300 pessoas, moradores de seis bairros da cidade que foram alagados, tiveram suas casas atingidas pelas chuvas. O gestor municipal participará de uma reunião no Gabinete de Gestão de Crise para determinar quais serão as medidas a serem adotadas. “Já fizemos o cadastramento de todos, mas as casas ainda estão inundadas. Hoje o rio já baixou bastante, então em breve teremos uma ideia melhor da situação”, declara.

Uma grande mobilização de pessoas está acontecendo nas redes sociais, para levantar donativos para ajudar as pessoas que foram atingidas. Dilson de Agripino falou a quais os itens mais necessários no momento. “Neste momento o que ais precisamos é alimentação, lençóis, colchões e itens de higiene. Temos recebido doações do município vizinho e de comerciantes locais. Quem quiser ajudar com doações, pode entrar em contato com a Secretaria de Assistência Social do Município. Qualquer ajuda é muito bem-vinda”, diz.