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Governador encerra conversas sobre reajuste e diz que só dialoga com Sintese sobre o futuro
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Publicado em 05/05/2023

Na manhã desta sexta-feira, 5, Uma rádio conversou com o governador Fábio Mitidieri, que se encontra no Texas, nos EUA, onde juntamente com uma comitiva formada pelo vice-governador, Zezinho Sobral, e parte do secretariado de Estado, participou de dois grandes eventos do mercado internacional de óleo e gás: o 5º Encontro dos Brasileiros, promovido pelo Centro de Estudos de Energia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Houston e da maior feira mundial voltada ao mercado internacional de óleo e gás, a Offshore Technology Conference (OTC) 2023, que também ocorre na cidade texana.

Fábio Mitidieri falou para os ouvintes da Rádio Fan FM sobre as demandas pleiteadas pelos professores em Sergipe e, em especial, da relação com o sindicato da categoria no contexto das negociações, o Sintese, com quem Fábio diz não haver mais diálogo. No início da semana, o governo enviou para a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) a proposta de reajuste salarial dos servidores públicos, que não foi bem recebida pelos professores, que deflagraram greve. A greve chegou a ser suspensa por uma decisão judicial e posteriormente encerrada, após assembleia da categoria, mas com a emissão de um alerta sobre novas paralizações na próxima semana, caso o governo não reveja o aumento concedido, que foi de 2,5%.

“Imagina se eu tivesse anunciado que não ia dar aumento, né? Direito de manifestar é democrático, mas a gente só faz aquilo que a gente pode. Primeiro, vamos falar a verdade. O Estado não está dando 2,5%, O Estado está dando os R$ 932 que representa 22%, que se encerrou em dezembro e nós renovamos e dissemos que vamos começar a absorver esses R$ 932 para que não tenha que ficar renovando e para que os inativos, que hoje não recebem nada, passem a receber também, pois quem é da ativa hoje, amanhã vai ser um aposentado e vai querer ter paridade de salário. Começamos a incorporar parte desses R$932, então incorporamos R$100, renovamos a diferença, de R$ 832, e aplicamos mais 2,5% sobre o total, o que dá muito mais do que apenas 2,5%, essa é a verdade”, declarou o governador.

Fábio também falou sobre discussão e a valorização da carreira dos professores, outra reivindicação da categoria. O governador diz não se furtar do diálogo sobre o tema, ponderando, no entanto, que uma defasagem de 16 anos não se resolve em quarto meses de governo e exige um certo tempo para ser reparada.

“Eles dizem que estão com a carreira destruída há 16 anos, que estão sendo massacrados. Querem rediscutir carreira. Eu digo: justo. Vamos sentar, discutir e implementar nos próximos anos. Aí eles falam que querem que seja resolvido agora. Ora, se vocês têm 16 anos sendo massacrados, eu tenho quatro meses de governo, acha que eu vou resolver em quatro meses? Estou me prontificando a resolver o primeiro problema, que é a incorporação do abono e disposto a sentar com vocês para discutirmos de que maneira nós podemos reconstruir a carreira de vocês. Infelizmente, eles disseram que não. Eles querem discutir agora e incorporar agora. Não tem mais diálogo, então. Não tem mais o que discutir, pois, o que eles querem, o Estado de Sergipe não pode pagar. Paciência. O próprio Sintese reclamava que há oito anos não era recebido por um governador. Em quatro meses de governo, já estive por três vezes com o Sintese. Depois de tudo que a gente abriu de diálogo, eles ainda querem fazer greve. Eu ainda enviei para a Assembleia um projeto renovando o abono por dois meses, para não correrem o risco de ficarem sem o abono no final do mês, na boa fé. Mas não tem problema. É democrático se manifestar, agora, se querem rediscutir nessas bases, eu, infelizmente, não tenho mais o que tratar. Eu estou honrando os compromissos que assumi, mas o Sintese não entende dessa forma. Eles dizem que foram massacrados por 16 anos; que estão há quatro anos sem reajuste e há oito anos sem serem recebidos por um governador do Estado. Se eles acham que dessa forma está dando certo para eles, paciência. Respeito, mas não tenho o que dialogar mais com o Sintese”, disse Fábio Mitidieri.

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