Bastidores apurou que a Operação Dublê, deflagrada nesta sexta-feira, 1º, pela Polícia Federal, que resultou na apreensão de um celular e um computador, teve como alvo um homem de pré-nome Rodrigo Leão.

Documentos obtidos pela Coluna, mostram que uma denúncia da assessoria jurídica do Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou um laudo à Polícia Federal, com a identificação do autor e a confirmação de que o mesmo atuava como cargo em comissão no Governo de Sergipe, na gestão de Belivaldo Chagas.

De posse das informações, a defesa pediu que a Polícia Federal fosse acionada para um aprofundamento das investigações.

Durante a campanha, o arquivo circulou nas redes sociais e foi reproduzido por uma emissora de rádio, que inclusive recebeu multa eleitoral.

O áudio investigado e periciado juntou várias falas do atual presidente da República, Lula, e foi montado para dar a conotação de uma desautorização à candidatura de Rogério Carvalho ao governo.

“Todo o processo de edição foi realizado usando o software profissional Adobe Premiere Pro 2022.0 (Macintosh), com o arquivo de projeto sendo denominado “Lula rogerio n.prproj”. O arquivo estava no momento da criação acondicionado na pasta de projeto “Belivas/Lula rogerio não”, pasta essa de acesso ao usuário denominado em sistema por “rodrigoleao”. O processo de edição envolveu pós-produção, tipicamente utilizado com o objetivo de deixar as edições mais realistas e mais difíceis de serem percebidas. Sendo utilizados quatro arquivos de áudio, sendo dois deles para ambientação de ruído de fundo”, diz trecho do laudo.

Rodrigo seria designer e, segundo informações extraoficiais, já teria sido lotado em uma Secretaria do governo.

A Polícia Federal não deu detalhes das investigações, repassou à imprensa apenas informações da busca e apreensão.

Durante a campanha, Rogério entrou com algumas ações contra a coligação do governador Fábio Mitidieri e, ao final do pleito, reiterou em entrevistas que teria sido vítima de fake news.