Não, felizmente não somos todas Marielle, fiéis leitores e leitoras desta que vos escreve, diretamente de Lagarto, Sergipe. Marielle foi silenciada pela milícia que determina os destinos do Rio de Janeiro e divide tal poderio com o crime organizado, infelizmente. E é em função deste domínio paramilitar que o Rio hoje é refém, e não somente um estado da federação. 

Porém, na pequena Lagarto, que já ostentou o título de maior cidade do interior de Sergipe, lamentavelmente, hoje apequenada por uma gestão inoperante, que usa recursos públicos unicamente para criar a falsa imagem de Capital do Interior. Quanto cinismo... Capital do crime, talvez, do interior, jamais. 

Infelizmente todos e todas que discordamos dos desmandos desta gestão, e falamos abertamente sobre isso, estamos ameaçadas pela milícia digital a nos tornarmos estatística por mãos de pessoas pagas pelo poder público para perseguir, importunar, assediar e ameaçar diuturnamente aqueles que se pronunciam contra os absurdos que acontecem no município, desde o fatídico ano de 2019, o ano do golpe de Hilda e Gustinho Ribeiro contra o 

então prefeito, Valmir Monteiro. 

Tamanho golpe atingiu o ex prefeito de Lagarto tão fortemente, que hoje Valmir luta contra o câncer, resultado do desgosto de ser traído por aqueles a quem estendeu a mão, gesto do qual o ex prefeito me confessou que se arrepende, amargamente.

O mês de março dedicado às mulheres e nossas causas em prol da equidade entre os gêneros, foi o mês escolhido pela prefeita Hilda Rollemberg Ribeiro, mulher, mãe e esposa, para comunicar aos funcionários e funcionáriascontratados pela sua irresponsável gestão que estavam demitidos. 

E com um capricho que só as almas extrememente cruéis tem, a gestão municipalescolheu o Dia Internacional da Mulher, 08 de Março, para cumprir a lei, que exigia tais demissões desde o mês de Outubro de 2023. 

Façamos um pequeno exercício de imaginação, ávidos leitores: Mulheres grávidas chegando no seu setor de trabalho, esperando um carinho, um acolhimento ao menos neste dia da mulher, recebem o comunicado de que estão trabalhando de graça desde o dia primeiro, já que foram exoneradas, e talvez sejam recontratadas no prazo de 60 dias pela empresa privada para quem Hilda vendeu a nossa saúde, por 30 milhões de reais. Neste interim foi dito a todos e todas que foram exonerados, que continuem trabalhando, porém, sem previsão se vão ou não receber salário. Durma-se com um barulho desse!

Entretanto, estamos no dia 14 de março de 2024 e como todos sabemos esta data marca os SEIS ANOS do assassinato de uma parlamentar carioca, e seu motorista, em um crime até hoje sem solução, e já comprovadamente praticado por milicianos, mas sem identificação precisa do(s) mandante(s).

Também em março, mais precisamente no dia 7, completou 90 dias que dois destes milicianos invadiram a casa de Dona Nega, no assentamento Dr. João, na tentativa de me intimidar, enquanto eu a visitava. Detalhe: de câmera em punho, me perseguindo pela casa feito dois maníacos, sem jamais atender aos apelos de Dona Nega para que fossem embora. E confesso, amigos leitores, tenho pesadelos constantes com este ataque até hoje.

Terrivelmente, de janeiro pra cá o ataque da milícia do GR não cessou um só instante, pelo contrário, ampliou o espectro (e o tom) das ameaças para o campo institucional quando um de seus milicianos mais ativos, disse que: "Se estivesse entre os demitidos pela prefeitura de Lagarto, iria até a porta da ALESE e descarregava um pistola na cabeça de Sérgio Reis."

Logo Sérgio que, através de muita dedicação da sua equipe, em especial Karine Reis, sua irmã, promoveu um encontro tão bonito na noite de 09 de março, totalmente voltado para as mulheres mostrarem sua força, coragem e também para dizerem tudo o que esperam da administração pública para nós, o público feminino lagartense. 

Eu, Fátima Mara Oliveira agradeço pessoalmente à iniciativa que espero seja a primeira de muitas. 

Como todos e todas sabem, Sérgio Reis é deputado eleito pelo PSD, e a ALESE é a casa legislativa do estado de Sergipe. E como pau que dá em Chico, também dá em Francisco, infelizmente, todos descobrimos que pimenta no olho do outro, não é e nem nunca foi refresco, e hoje Lagarto vive uma amostra grátis do pesadelo carioca de ser refém de bandidos.

Fiquem agora com o pronunciamento do deputado estadual Sérgio Reis, acerca desta milícia e, infelizmente, suas relações estreitas com a gestão da prefeitura de Lagarto, a partir do minuto 22. 

Fátima Mara Oliveira 

fatimamara.com