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Mais uma vez, ex-funcionários da Progresso denuncia ausência de direitos trabalhistas após demissões
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Publicado em 29/11/2024

Nesta sexta-feira, 29, Ivana Rodrigues, representando ex-trabalhadores da empresa Progresso, denunciou a ausência de direitos trabalhistas após demissões. Segundo ela, a situação afeta diversos ex-funcionários da empresa.

“Tem funcionários lá de 20 anos que não têm nem a RAIS declarada, não tem. Eu mesmo trabalhei lá há quase nove anos e eu não tive a chance de passar. Eles depositaram na época – eu entrei pela tropical, então tinha poucos meses da Tropical, eles abriram a minha conta e depositaram mil reais. Aí eu trabalhei quase nove anos com esse dinheiro que eu recebi. […]Para você ter uma ideia, nós temos colegas que trabalharam 33 anos na empresa, fez acordo com ele, saiu e ele não cumpriu. Temos colegas de 20 anos, ele não cumpre nenhum tipo de acordo, ele não paga a restrição, ele não paga a FGTS, ele não libera documentação para sacar o seguro-desemprego, que são 5 meses”, relatou.

“A gente tem contato e eles falam né, eles não se envolvem muito, porque se envolverem com a gente, eles são perseguidos. Mas o que nós sabemos é assim: são três anos, agora com 2024, sem 13° salário. Desde 2022 que a Progresso não paga, ela pagou 32% durante o 2022, em 2023 não pagou nada, e agora em 2024 eles dizem que não paga. Para quem é antigo na empresa tem 5 a 6 meses de salário atrasado, porque tem salário de 2022, outubro e novembro, que está em aberto que ele não pagou, e ele recebeu subvenção do Governo Federal neste ano para poder quitar e regularizar as situações que ele não fez através do Governo Federal. O ano passado ele recebeu subvenção também, a empresa recebeu, ele não pagou a ninguém, ele não regularizou a situação. Então a situação hoje é de 3 a 4 meses de salário atrasado, 3 a 4 meses de ticket-alimentação”, detalhou.

A denunciante relatou que estão acompanhando o processo de votação  do Projeto de Lei que impede que  empresas do transporte as quais tenham dívidas trabalhistas ou previdenciárias recebam subsídios do poder público

“Esse projeto do vereador Camilo foi importante para isso. A gente agradece, inclusive, o apoio de Ricardo Vasconcelos, Adriano Taxista, com a senhora Sonia e vários, porque essa é praticamente uma unidade dentro da Câmara. Para que esse projeto fosse aprovado – são 24 milhões que vai ser repassado de dinheiro público do contribuinte para as empresas particulares, empresas de transporte – quer dizer que eles têm regalias e ajuda, agora, quem é trabalhador não tem?”, questionou.

 

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