Offline
"A diretoria da entidade sindical passou a ser monitorada, perseguida", denuncia presidente do Sinpol
Noticias
Publicado em 18/12/2024

“Algo nunca visto no estado de Sergipe, a diretoria da entidade sindical passou a ser monitorada, perseguida, em sua rotina, seja ela pessoal ou profissional”, foi o que afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol), Jean Rezende, em entrevista ao Jornal  da Fan desta quarta-feira, 18. Jean denunciou que a entidade sindical – e ele próprio, enquanto presidente do sindicato –  tem sofrido perseguições por parte da gestão da Polícia Civil.

O presidente do Sindicato relatou que estas perseguições administrativas passaram a acontecer a partir do  caso envolvendo um estagiário, que foi flagrado conduzido um veículo oriundo de roubo/furto, com assinatura de uso por um delegado de polícia. ” A partir desta situação, a diretoria da entidade sindical passou a sofrer perseguições internas da gestão da Polícia Civil, como por exemplo, no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneraveis,  a coordenadora – a delegada de polícia, retirou da equipe de investigação um oficial extremamente experiente, e colocou para trabalho exclusivo no preenchimento no boletim de ocorrência, que não é nenhum demérito, mas vai na contramão da eficiência do serviço público”, argumentou.

Ele detalhou ainda que perceberam as perseguições e fizeram os registros. “Quando nós percebemos essa movimentação, pois como investigadores que somos e fazemos isso dá melhor qualidade, identificamos  esses veículos que estão nos acompanhando, plotamos,  como se diz no jargão policial essa identificação, além dos veículos das pessoas que conduziam esses veículos, algumas delas já estão identificadas”, revelou.

Jean Rezende não apontou quem seriam os autores das perseguições, mas questionou: “a quem interessa perseguição e dirigente sindical no estado de Sergipe? Quem é o mandante desse absurdo?”. Em virtude da situação, o sindicato procurou a Polícia Federal para fazer a denúncia. “Obviamente a gente com essas informações iniciais encaminha nos. Polícia Federal sim, tivemos na Polícia Federal, pois se trata de atividade sindical, o sindicalismo tem a sua imunidade legal, a sua proteção”, disse o presidente.

O presidente do Sinpol justificou também porque a denúncia não foi feita diretamente à gestão da Polícia Civil. “Se a gente leva um fato grave, como esse do estagiário, onde uma série de crimes estão tipificados e é feito um registro por parte da delegada plantonista, avalizado pelo delegado geral e também pela corrigedora inicialmente, é registrado como fato atípico, como se não tivesse ocorrido o crime, então a gente tem que levar a uma instância que dê realmente a devida importância à gravidade do problema”, pontuou.

Comentários