nunca chegou a funcionar, mesmo após seis meses de sua inauguração. Além disso, o local não conta com água encanada nem energia elétrica. Segundo o secretário de Agricultura, Luciano Alves Júnior, a equipe constatou marcas de vandalismo durante a vistoria.
“Ficamos estarrecidos ao encontrar a casa de farinha, inaugurada há apenas seis meses, completamente sem condições de uso. Moradores da região afirmam que o espaço nunca funcionou, mesmo tendo sido investidos mais de 300 mil reais apenas em equipamentos, além de outros custos. Isso representa um desperdício inaceitável de recursos públicos”, declarou o secretário.
De acordo com dados do IBGE de 2022, Lagarto lidera a produção estadual de mandioca, com mais de 23 mil toneladas anuais, três vezes mais do que o segundo colocado, que produziu cerca de 7 mil toneladas. O funcionamento da casa de farinha é essencial para fortalecer a agricultura familiar e melhorar as condições de vida dos produtores locais.
“Quando chegamos ao local, encontramos a porta arrombada, janelas com vidros quebrados e diversos equipamentos faltando, como motores, prensa hidráulica, forrageiras, bombas de distribuição e a caixa d’água. Trata-se de um projeto de quase 2 milhões de reais abandonado, que deveria estar beneficiando diretamente os agricultores locais”, afirmou o secretário adjunto da SEMAGRI, Antônio Carlos.
A casa de farinha foi planejada para atender os pequenos agricultores do povoado e da região, promovendo emprego, renda e desenvolvimento econômico local. Segundo o secretário Luciano Alves Júnior, a negligência em manter o espaço operacional gera prejuízos significativos. “A paralisação da casa de farinha no povoado Açu não causa apenas perdas financeiras, mas também culturais. O espaço simboliza uma tradição que atravessa gerações, representando a identidade e o trabalho da região. Seu funcionamento é essencial para garantir o sustento de inúmeras famílias e fortalecer a agricultura familiar”, concluiu.