Os vereadores Isac Silveira (União Brasil)e Lúcio Flávio (PL), líder e více-líder da prefeita Emília Côrrea na Câmara de Vereadores, continuaram no Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, desta sexta-feira, 9, o debate sobre o projeto proposto pelo vereador Isac para a criação de uma loteria municipal. O tema gerou discussão na Casa Legislativa na quinta-feira, 8, e foi repercutido ainda hoje.
Antes do debate mais detalhado referente ao projeto , ambos negaram qualquer possibilidade de racha na bancada aliada.
‘Não há racha na base. A base aliada não está rachada, tendo em vista que esta não é uma discussão da base aliada, ela não é uma discussão que veio e nasceu no executivo, não é uma divisão e um debate de divergência de uma instrução de Emília, não se trata disso. Isso não é um projeto executivo”, disse Lúcio Flávio .
Isac também se posicionou e concordou a fala de Lúcio. ” A gente discutiu um projeto, teve alguns pilares de opiniões diferentes. A primeira delas é se deveria ter urgência ou não. A minha avaliação é que a burocracia, administrativa, ela requer, em alguns momentos, um empurrão para que ela tenha um ‘start’. Eu procurei, a prefeita Emília a para tratar com o assunto. Levei comigo o vereador Rodrigo Fontes. Em uma segunda reunião, eu levei o vereador pastor Diego que é uma opinião divergente da minha.”
Na oportunidade, Lúcio Flávio expôs os argumentos pelos quais discorda do projeto da loteria. Além de entender que não cabe regime para votação em caráter de urgência, trata-se de um projeto vinculado a jogos de azar, os quais o vereador do PL é contra.
” Abriu-se uma extraordinária pra colocar, primeiro pedir regime de urgência e segundo colocá-lo em pauta. Eu divergi disto. Inclusive deixei claro, não vou tratar de mérito, porque todo mundo sabe o meu posicionamento. Eu estive no Senado Federal falando sobre o meu posicionamento contra jogos de azar e o impacto disso na sociedade, o impacto do endividamento do cidadão com essas”bets” o crescimento e escalada das apostas e dinheiros que estão saindo das famílias e do comércio pra ir pra multinacionais. Então eu falei ‘eu não vou tratar de mérito, gostaria que a casa entendesse que eu estou questionando esta pressa, ‘porque loteria municipal não tem urgência’. E me manifestei em respeitando o pensamento de quem apoia isso, apoia a loteria municipal, que eu sou contra, respeitando o posicionamento”, reforçou. Ele pontuou ainda que há no Supremo Tribunal Federal uma discussão sobre a legalidade ou não da criação de loterias municiais e pediu que a casa legislativa de Aracaju aguardasse um parecer.
Isac, de forma respeitosa, manteve o debate e argumentou em favor do seu projeto e discorda que loteria municipal atraia pessoas para vício em apostas, um outro argumento apontado por Lúcio Flávio.
” Na minha concepção, ter uma loteria municipal é apenas você quebrar o jogo da União, que hoje é a única que arrecada a com essa modalidade. E o estado de Sergipe e quase todos os Estados já tem as suas loterias estaduais preparadas. […] Nós estamos falando de uma modalidade legal e histórica no Brasil, que são as loterias e, portanto, nós queremos disputar esse mercado com a União. Não há nenhum movimento de adquirir, de trazer uma nova parcela da sociedade a se emprenhar no fundo das apostas. É o cidadão que faz a sua fezinha. Já esses outros jogos que aí estão esses criaram na sociedade de dependências, criaram endividamentos, criaram suicídios e as pessoas perderam uma vida ou foram até mortas”, compara.
