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Arlindo Cruz, ícone do samba, morre aos 66 anos
Por André Morais
Publicado em 08/08/2025 16:38 • Atualizado 08/08/2025 16:47
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Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2025 – O mundo do samba amanheceu enlutado nesta sexta-feira com a confirmação do falecimento de Arlindo Domingos da Cruz Filho, conhecido como Arlindo Cruz, aos 66 anos. A morte do cantor, compositor e multi-instrumentista foi oficialmente confirmada pela família.

Internações e agravamento da saúde

Desde março de 2025, Arlindo estava hospitalizado no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, enfrentando complicações decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em 2017.

Em julho, o quadro clínico se agravou com uma parada cardíaca de quinze minutos, além de complicações respiratórias, pneumonia e falência progressiva de órgãos como rins, fígado e pâncreas.

A trajetória de um mestre do samba

Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Cruz começou sua carreira ainda criança, tocando cavaquinho, e logo se destacou nos palcos das rodas de samba, tendo Candeia como seu padrinho musical.

Posteriormente, integrou o famoso Grupo Fundo de Quintal, tornando-se um dos principais nomes do gênero. Como compositor, deixou legado imortal com canções como “O Show Tem que Continuar”, “Meu Lugar” e “Bagaço de Laranja”, além de ter mais de 700 músicas registradas.

O legado e a emoção

Além da intensa carreira musical, Arlindo era conhecido como “o Sambista Perfeito” e recebeu homenagens de diversas vertentes da cultura brasileira. Também era torcedor apaixonado do Flamengo e defensor da cultura popular e do Candomblé.

Em nota emocionante, o Flamengo lamentou sua partida como a perda de “um ícone do samba, multi-instrumentista e gênio da composição”, destacando o vínculo afetuoso entre o artista e a nação rubro-negra.

O último adeus

A morte de Arlindo Cruz deixa um vazio profundo. Mas sua música, suas letras e sua conexão com o povo brasileiro e suas tradições seguem vivos na lembrança das gerações. Que sua alma encontre paz, e que seu batuque continue embalando corações.


Por: André Morais 

 

 

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