Um confronto entre policiais militares e um casal durante a 1ª Festa do Vaqueiro 2025, em Lagarto, terminou em confusão, feridos e conduções à delegacia, na noite do último sábado, 1º. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram parte da ação, registrada no Posto Petrobras próximo ao evento, onde é possível ver policiais desferindo golpes contra um homem e uma mulher. Fotos que viralizaram também exibem a mulher com o rosto ensanguentado.
De acordo com a Polícia Militar, duas guarnições do Batalhão de Polícia de Ações Táticas do Interior (BPATI), Carcará Operações e Carcará Extra 02, realizavam patrulhamento ostensivo quando foram procuradas por uma criança pedindo ajuda ao afirmar que o pai estaria envolvido em uma briga nas imediações do posto.
Os militares se deslocaram ao local e encontraram uma discussão entre várias pessoas. Conforme a PM, ao tentar intervir, um dos homens — identificado como Alan Santos — teria tentado tomar do policial um instrumento de menor potencial ofensivo (BP90), o que levou ao uso da força. O relatório afirma ainda que o suspeito desferiu socos no rosto de um dos militares, provocando tumulto e levando um policial a efetuar disparos para o alto com o objetivo de afastar a multidão.
Ainda segundo o documento, a irmã do suspeito, identificada como Íris Alana Santos do Nascimento, tentou impedir a prisão de Alan, agarrando-o. Ambos caíram sobre motocicletas estacionadas, e uma delas tombou sobre os envolvidos. A PM relata que a mulher resistiu à intervenção policial, sendo necessário o uso de força física para contê-la. Outra pessoa, José Uilson de Jesus Reis, também teria desobedecido às ordens dos policiais e tentado agredi-los, sendo igualmente imobilizado.
A corporação afirma que o uso de algemas foi aplicado conforme previsto no Código de Processo Penal e na Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal, alegando necessidade para preservar a integridade dos detidos e dos militares. Todos os envolvidos, incluindo o policial ferido, foram encaminhados ao Hospital Universitário para avaliação médica. Alan Santos aguardava liberação de laudo no momento da elaboração do relatório.
Após atendimento, os demais envolvidos foram conduzidos à Delegacia de Lagarto, onde foram adotadas as medidas cabíveis.
Em contato com o Portal o advogado criminalista Dr. Isaac Guedes, representando os citados Alan dos Santos e Íris Alana Santos do Nascimento, falou sobre o caso e qual o posicionamento da defesa.
“Houve excesso na abordagem. A força foi desproporcional”, disse.
Questionado se irão processar os policiais envolvidos, disse: “Estamos analisando essa hipótese”, pontuou.
O Dr. Isaac ainda informou que ambos tiveram que passar por um procedimento cirúrgico com o objetivo de fechar ferimentos, colocando pontos na cabeça.
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