Informações de bastidores apontam que o deputado estadual Cristiano Cavalcante (UB) tem articulado discretamente para tentar viabilizar seu nome como candidato à presidência da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). Apesar do esforço, o parlamentar tem esbarrado em um cenário pouco favorável e na resistência de colegas da Casa, que avaliam que o momento político não sustenta sua pretensão.
A situação ganhou novos contornos após uma declaração pública do deputado Marcelo Sobral, também do União Brasil. Em entrevista, Sobral afirmou não enxergar com bons olhos a ideia de Cristiano disputar o comando do Parlamento. Segundo ele, há outros parlamentares mais preparados e melhor posicionados para assumir a presidência incluindo ele próprio, que surge como um dos potenciais nomes para o posto.
Atualmente, a Alese é presidida pelo deputado Jeferson Andrade (PSD), que goza de amplo apoio entre os parlamentares. Embora bem avaliado, Jeferson não deverá buscar novo mandato em 2026. A expectativa é que ele componha a chapa majoritária do governador Fábio Mitidieri (PSD), possivelmente como pré-candidato a vice-governador, o que abre espaço para uma disputa antecipada pela sucessão interna.
Enquanto isso, Cristiano Cavalcante deve tentar a reeleição para mais um mandato na Assembleia. Porém, o ambiente político já não é o mesmo de quando chegou à Casa. Ao longo da atual legislatura, o parlamentar enfrentou polêmicas, atritos e desgastes que abalaram sua imagem tanto internamente quanto perante a opinião pública. Esse cenário, segundo aliados e adversários, pode comprometer não apenas seu desempenho eleitoral em 2026, mas também inviabilizar qualquer movimento mais ousado rumo à presidência do Legislativo.
Nos corredores da Alese, a leitura predominante é de que Cristiano enfrenta um desafio duplo: recuperar terreno político e reconstruir pontes com colegas que hoje demonstram pouca disposição para apoiá-lo em projetos de maior envergadura. Até lá, a disputa pela sucessão de Jeferson Andrade segue apenas nos bastidores mas claramente com o nome de Cristiano mais contestado do que consolidado.