A gestão do prefeito Cristiano Viana, em Simão Dias, volta ao centro de uma polêmica envolvendo o uso de recursos públicos. Documentos oficiais de 2025 indicam que a Prefeitura empenhou R$ 9.167.885,55 em combustíveis, todos destinados à empresa Correia e Andrade Ltda, pertencente ao sogro do vice-prefeito do município.
Os registros mostram que praticamente todas as secretarias municipais incluindo o gabinete do prefeito firmaram empenhos elevados para abastecimento, alguns ultrapassando R$ 1 milhão de uma única vez. A concentração dos gastos em uma empresa diretamente ligada à família que compõe o comando político local levantou questionamentos e críticas de moradores, servidores e opositores.
Enquanto isso, relatos da população apontam para dificuldades recorrentes na oferta de serviços públicos essenciais: estradas deterioradas, demora na marcação de exames, falta de manutenção em áreas urbanas e reclamações constantes de abandono. Para os críticos, o contraste entre o alto volume destinado a combustíveis e o cenário de precariedade nos bairros escancara prioridades desalinhadas com as necessidades da cidade.
A grande questão que alimenta o debate é:
como um município do porte de Simão Dias chega a gastar mais de nove milhões de reais em combustível em apenas um ano?
E mais: por que todo esse montante foi direcionado justamente a uma empresa ligada ao sogro do vice-prefeito?
Para especialistas em gestão pública e controle de gastos, situações como essa exigem transparência total, auditoria e explicações claras da administração municipal especialmente quando envolvem potenciais conflitos de interesse. Até o momento, a gestão de Cristiano Viana ainda não apresentou esclarecimentos detalhados sobre os critérios da contratação ou a real necessidade do volume de combustível empenhado.
A polêmica reforça críticas já existentes à atual administração, apontada por opositores como centralizadora e marcada por decisões que beneficiam sempre um mesmo grupo político. Para parte da população, a chamada “farra dos combustíveis” se tornou mais um símbolo da falta de transparência que acompanha a condução da máquina pública em Simão Dias.
