Gabriel Monteiro. Créditos: Redes Sociais
Programa da Globo entrevistou ex-funcionários, homens e mulheres, que acusaram o ex-PM bolsonarista de tocar órgãos genitais, lamber, agarrar sem autorização e até mesmo estuprar
O programa Fantástico, da Rede Globo, entrevistou cinco ex-servidores e ex-funcionários, entre eles homens e mulheres, que acusaram o vereador bolsonarista do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro (sem partido), de assédio moral e sexual.
A reportagem mostrou ainda o vereador forjando cenas de seus vídeos no YouTube, uma delas com uma criança carente e outra em um suposto tiroteio, além de cometer irregularidades no funcionamento de seu gabinete na Câmara.
Assédio sexual
Luiza, que trabalhava com Gabriel em seu canal do YouTube, o acusa de assédio sexual.
"Ele me abraçava assim por trás, 'te amo' e não sei o que, 'você é minha amiga'. Beijava o meu rosto, saía de pênis ereto e ia mostrar para o segurança. Uma vez, foi no carro que ele começou pedindo para fazer massagem no meu pé. Puxou meu pé e fez massagem. Eu tentava tirar o pé e ele segurava. Aí foi começando a passar a mão nas minhas pernas. Foi para o banco de trás e começou a me agarrar, me morder, me lamber."
Ela diz ainda que era tocada por Gabriel sem autorização:
"Dá pra ver que ele chegava a passar (a mão). Eu falava: Gabriel, não gosto de gravar esses vídeos, você sabe. E toda vez ele ficava descendo a mão. Cansou de passar a mão na minha bunda. E eu segurando a mão dele. Pedindo e pedindo", conta.
Após sete meses, ela conta que procurou um psiquiatra.
"Eu queria tirar minha própria vida, porque eu me sentia culpada. Será que estou usando alguma roupa que está causando isso? Será que a culpa é minha de alguma forma? Aí eu começava a pedir a deus para me levar."
Outra mulher, que não revelou a identidade, afirma que consentiu o início das relações sexual com Gabriel Monteiro. No meio da relação, o ato evoluiu para um estupro, porque ela diz que pediu para que ele parasse.
“Teve um momento que ele usou força. Me segurou e foi com tudo. Me deixou sem saída. Eu pedindo para ele parar, ele não respeitou o momento em que eu pedi para ele parar. E ele rindo, 'é uma brincadeira. Não leva a sério, não. Não fica chateada."
Ela revelou ainda que se sentiu abusada:
"Super abusada. Ele me machucou, agiu com agressão e força física."
Se masturbou na frente da equipe
Um funcionário, que também não se identificou, contou que era obrigado a cumprir expediente na casa de Gabriel, onde presenciou cenas constrangedoras:
"A gente ficava ali na frente e várias vezes ele foi na parte da frente da varanda da casa, e em outros cômodos a gente já viu também, com o órgão sexual para fora. E se vangloriando do tamanho do pênis. E mesmo se masturbando na frente de toda a equipe."
A reportagem mostrou ainda abusos sexuais contra homens da equipe.
Com informações do Fantástico
Fonte: G1